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Mostrando postagens de janeiro, 2025

Transformando Espaços: Arquitetura para Idosos com Alzheimer

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O envelhecimento da população trouxe desafios que vão além das questões médicas. Entre eles, está a criação de ambientes que proporcionem conforto, segurança e suporte terapêutico para idosos com demência, especialmente os portadores de Alzheimer. Segundo o estudo de Sousa e Maia (2014), "o ambiente físico possui grande potencial para contribuir com a melhora dos sintomas da Doença de Alzheimer, sendo possível criar espaços que minimizem confusões e promovam a orientação espacial." A progressão do Alzheimer, com sintomas como perda de memória, desorientação e alterações de humor, exige ambientes que favoreçam a autonomia e minimizem riscos. Baseando-se em evidências do estudo citado, algumas estratégias podem transformar a arquitetura em um recurso terapêutico: 1. Iluminação Uma iluminação adequada é essencial para melhorar a orientação e o ritmo circadiano. Recomendam-se níveis de iluminância entre 300 e 700 lux, com luz uniforme e ausência de sombras que possam confundir o ...

O Impacto do Envelhecimento Populacional no Brasil e os Desafios Arquitetônicos

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Nos últimos anos, o Brasil tem vivenciado um fenômeno demográfico que impacta diretamente várias áreas da sociedade: o envelhecimento acelerado da população. De acordo com o Censo 2022, atualmente mais de 32 milhões de brasileiros têm 60 anos ou mais, representando cerca de 15,8 % da população total. Este crescimento demográfico, impulsionado por avanços na medicina e na qualidade de vida, coloca em destaque a necessidade de adaptações em diversos setores, incluindo a arquitetura. O Censo de 2022 também registrou que o número de pessoas com 65 anos ou mais cresceu 57,4% em 12 anos e que a idade média da população brasileira aumentou 6 anos desde 2010 e atingiu os 35 anos em 2022. O número de centenários registrados pelo censo eram de 37.814 pessoas e as regiões com maior número de pessoas idosas são o Sudeste ( 17,64%)  e o Sul (17,60%), sendo os estados de Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais os com maior número de pessoas idosas.  Os desafios ...

Espaços que Cuidam: A Importância da Gerontoarquitetura no apoio a pessoas idosas acumuladoras

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Você já reparou como, em algumas casas, tudo parece ter uma história? Aquele cantinho cheio de objetos acumulados, que aos olhos de uns pode parecer bagunça, mas para quem mora ali carrega memórias, afeto e até um certo conforto. Agora, imagine quando esse apego aos objetos ou o descuido com o lar e a própria aparência passam do ponto e começam a afetar a qualidade de vida de alguém, especialmente de uma pessoa idosa. Isso é mais comum do que pensamos e pode estar relacionado a questões como a Síndrome de Diógenes ou o Transtorno de Acumulação. Não estamos falando apenas de “gostar de guardar coisas”, mas de situações que podem trazer muitos desafios para quem vive e para quem convive. Como arquitetos e apaixonados por transformar espaços, acreditamos que o ambiente tem um papel fundamental na qualidade de vida – mesmo (e principalmente) em casos tão delicados como esses. Vamos explorar como o design de interiores e a arquitetura podem ajudar a criar espaços mais funcionais, acolhedore...