A impermanência na arquitetura: um símbolo da mudança e da fluidez

Guandu nature park

A arquitetura é frequentemente associada à ideia de permanência. Os edifícios são construídos para durar, para resistir ao teste do tempo. No entanto, a impermanência também é uma parte inerente da arquitetura. Os materiais se degradam, as estruturas mudam e os espaços se transformam.

O conceito de impermanência está ligado à ideia de que nada é permanente ao longo do tempo. As causas e as condições mudam constantemente e o seu resultado também varia.
A impermanência pode ser simbolizada de diversas maneiras na arquitetura. Uma abordagem é o uso de materiais naturais, como madeira, bambu e fibras vegetais. Esses materiais são vivos e orgânicos, e estão sujeitos à ação do tempo. A madeira, por exemplo, pode envelhecer graciosamente, desenvolvendo uma pátina que lhe confere um charme único.


Outra abordagem é o uso de estruturas temporárias. Essas estruturas são projetadas para serem desmontadas ou reconstruídas em um futuro próximo. Elas podem ser usadas para eventos especiais, como festivais ou exposições, ou para atender a necessidades temporárias, como alojamento de refugiados.
 Serpentine Gallery Pavilion 2013,  escritório Sou Fujimoto Architects

blue spiral © Gill Hobson 2011

A impermanência também pode ser simbolizada através do uso de espaços fluídos e flexíveis. Esses espaços podem ser reconfigurados para atender a diferentes necessidades, à medida que as circunstâncias mudam. Por exemplo, uma sala de estar pode ser convertida em um escritório ou em uma sala de jantar, dependendo da ocasião.

A impermanência é um tema importante na arquitetura contemporânea. Ela reflete a nossa compreensão da natureza mutável do mundo. A arquitetura impermanente pode ser uma forma de celebrar a mudança e a fluidez, e de criar espaços que são mais adaptáveis às necessidades das pessoas.
Margot Krasojevic

YEZO by LEAD: Um santuário no Japão

A impermanência é um tema complexo e multifacetado, e pode ser interpretado de diversas maneiras. Como você a sente? Na sua vida? Nos seus espaços?

Comentários

  1. Num mundo em que tudo muda tão rapidamente, a flexibilidade dos espaços é uma necessidade. A arquitetura dos indígenas é um exemplo muito rico em soluções orgânicas que podem ser desmontadas e substituídas (ou transferidas) rapidamente.

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