Como a arquitetura pode afetar a sua felicidade?

Você já se perguntou como a arquitetura pode afetar a sua felicidade? Neste post, vamos explorar o conceito de arquitetura da felicidade, um termo tornado famoso pelo filósofo suíço Allain de Botton, em seu livro do mesmo nome. Ele defende que a arquitetura pode influenciar o humor e o bem-estar das pessoas, por meio da criação de espaços que estimulem os sentidos e as emoções. Além disso, vamos ver como o savoring, a capacidade de saborear os momentos positivos da vida, pode ser aplicado na arquitetura.

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A ciência da felicidade é um campo de estudo que avalia como o sentimento de felicidade pode interferir positivamente no nosso bem-estar e na nossa qualidade de vida. Ela ajuda a identificar pistas do que fazer para nos sentirmos felizes de fato e encontrarmos nosso propósito de vida.

A ciência da felicidade é um resultado de estudos que se iniciaram nos anos 1960 – embora o conceito, em si, tenha sido abordado nos tempos de Aristóteles. Esses estudos comprovaram que a felicidade pode contribuir para o nosso bem-estar emocional, melhorando nossa qualidade de vida. A psicologia positiva é uma grande referência para a ciência da felicidade. Essa corrente da psicologia também é conhecida como o estudo da felicidade e nasceu a partir de uma iniciativa de Martin Seligman entre 1997 e 1998, nos Estados Unidos.

Os três pilares da ciência da felicidade são a psicologia positiva, neurociência e ciência das emoções. 
  • A psicologia positiva é um ramo da psicologia que estuda os efeitos da positividade para a vida, focando os elementos que nos trazem felicidade: emoção positiva, engajamento, relacionamentos, propósito e realizações/conquistas. 
  • A neurociência é o estudo do sistema nervoso – formado por cérebro, medula e nervos periféricos. 
  • A ciência das emoções é o estudo das emoções humanas e como elas afetam o comportamento humano.
A arquitetura da felicidade é uma ideia que propõe que a arquitetura deve ser pensada para proporcionar felicidade e prazer ao usuário. Segundo Allain de Botton, a arquitetura pode nos ajudar a expressar quem somos, a nos conectar com os outros e a nos inspirar. Ele afirma que a arquitetura pode ter um impacto profundo na nossa psicologia e na nossa forma de ver o mundo.

Um dos aspectos da arquitetura da felicidade é o savoring, que significa saborear os momentos positivos da vida. O savoring é uma forma de aumentar a felicidade e o bem-estar, pois nos faz apreciar as coisas boas que nos acontecem. O savoring pode ser estimulado pela arquitetura, por meio da criação de espaços que nos façam sentir bem. Por exemplo, um espaço com uma vista bonita, uma iluminação agradável, uma decoração harmoniosa ou um aroma envolvente pode nos fazer sentir mais felizes e relaxados.

A arquitetura da felicidade é um conceito que nos convida a pensar na relação entre o espaço e as emoções. Ela nos mostra que a arquitetura pode ser mais do que uma forma de abrigar as pessoas, mas também uma forma de criar experiências positivas e significativas. A arquitetura da felicidade é uma forma de valorizar a beleza, a funcionalidade e a expressividade dos espaços que habitamos.


Abaixo alguns artigos que tratam deste tema e correlatos.

O artigo Habitar. A casa como contigência da condição humana de Teresinha Maria Gonçalves é uma reflexão crítica e teórica sobre o processo de apropriação da casa e da moradia pelos sujeitos. A autora parte do conceito de lugar essencial, que é o espaço onde se desenvolve a subjetividade e a identidade das pessoas, e analisa as dimensões simbólicas da casa, como a personificação, a cultivação e o sentimento de pertença. O artigo também faz um contraponto com o contexto social e as políticas públicas de habitação no Brasil, mostrando as dificuldades e os desafios para garantir o direito à habitação e à qualidade do espaço urbano. A autora conclui com uma análise preliminar dos dados de uma pesquisa que envolveu 320 sujeitos em oito semestres, realizada no Laboratório de Meio Ambiente, Psicologia Ambiental e Desenvolvimento Urbano da Universidade do Extremo Sul Catarinense. O objetivo da pesquisa é ampliar os horizontes para a compreensão do fenômeno do habitar e suas implicações para a condição humana. A conclusão do artigo é que a casa é uma contingência da condição humana, pois é nela que se expressam as subjetividades, as identidades e as relações dos sujeitos com o mundo. A casa é, portanto, um lugar de memória, de sonho e de poesia.


O artigo de Bruna Bessi, chamado Arquitetura da Felicidade, como uma casa se torna um lar aborda o conceito de arquitetura da felicidade, que se baseia na ideia de que os ambientes afetam as emoções e o bem-estar das pessoas. A autora explica que transformar o imóvel em um lar implica trazer personalidade aos ambientes e atender às necessidades dos moradores, respeitando seus estilos de vida e suas histórias. Ela cita exemplos de como a disposição dos móveis, as cores, a iluminação e os objetos decorativos podem refletir a essência dos habitantes e criar uma sensação de acolhimento e proteção. A conclusão do artigo é que a arquitetura da felicidade é um desafio para os profissionais que devem acompanhar as mudanças no comportamento das pessoas e projetar espaços que sejam únicos e autênticos, favorecendo a felicidade dos moradores.

O artigo A Psicologia e os Ambientes: Como a Decoração Influencia a sua Vida, escrito por Leticia Almeida, aborda a relação entre o espaço construído e o comportamento humano. A autora explica como os estímulos sensoriais e visuais dos ambientes afetam as nossas percepções, sentimentos, humor e opiniões. Ela também destaca a importância de personalizar o ambiente para que reflita a personalidade dos moradores e funcione como um depósito de energia positiva. A conclusão do artigo é que a decoração de qualquer ambiente é um fator condicionante para o bem-estar físico e emocional das pessoas, e que a psicologia ambiental é uma disciplina que pode ajudar a configurar o espaço para que seja agradável, confortável e satisfatório.

O artigo Arquitetura de savoring: uma abordagem para o design de experiências positivas explora como o conceito de savoring pode ser aplicado ao design de produtos e serviços que promovem o bem-estar dos usuários. Savoring é a capacidade de apreciar e valorizar as experiências positivas do presente ou do passado, aumentando a felicidade e a satisfação. O artigo propõe um modelo de arquitetura de savoring que consiste em quatro elementos: gatilhos, canais, modos e estratégias. Gatilhos são os estímulos que iniciam o processo de savoring; canais são os meios pelos quais os gatilhos são entregues; modos são as formas como os usuários interagem com os gatilhos; e estratégias são as técnicas que os usuários empregam para amplificar ou prolongar o savoring. O artigo apresenta exemplos de como esses elementos podem ser combinados para criar experiências de savoring em diferentes contextos, como alimentação, viagem e saúde. O artigo conclui que a arquitetura de savoring é uma ferramenta útil para o design de experiências positivas que contribuem para o bem-estar dos usuários e para a criação de valor.

Arquitetura é arte e ciência. É criar espaços que acolhem, inspiram e transformam. É pensar no todo e nos detalhes. É entender as pessoas e o contexto.


Eu amo arquitetura porque ela me permite expressar minha criatividade e minha paixão pelo design. Eu gosto de imaginar como os espaços podem ser mais funcionais, confortáveis e bonitos. Eu gosto de ver como os materiais, as cores, as formas e a luz se combinam para criar ambientes únicos.

Um ebook (grátis) que gosto muito é o Espaço & Estimulo, do Arquiteto Oscar Muller. Ele fala sobre como a arquitetura pode influenciar nossas emoções, nossa saúde e nosso bem-estar. Ele mostra como os espaços podem ser estimulantes, terapêuticos e humanizados. Ele defende uma arquitetura que respeita a diversidade, a sustentabilidade e a qualidade de vida. Concordo com ele que o arquiteto deve estar aberto para dialogar com outros profissionais e com os clientes. A arquitetura não é uma atividade isolada, mas sim uma colaboração. O arquiteto deve saber ouvir, interpretar e traduzir as necessidades e os desejos de quem vai usar o espaço. O arquiteto deve ser um facilitador, um mediador, um solucionador de problemas. Recomendo a leitura desse artigo para quem se interessa por arquitetura ou por qualquer outra forma de expressão artística. É uma obra que nos faz refletir sobre o papel da arquitetura na sociedade e na nossa vida pessoal. É uma obra que nos faz sentir mais.

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