Zaha Hadid: Uma arquiteta visionária e pioneira
No palco do teatro de conferências na Bienal de Buenos Aires nos primeiros anos da década de 90, uma jovem arquiteta se apresentou e falou de seus projetos, ainda teoria. Ela me chamou muito a atenção por dois motivos principais: Era uma promessa e era muito ousada. Talvez por isso tenha gravado seu nome: Zaha Hadid.
Passados os anos ela se revelou bem mais que uma promessa. Nascida em Bagdá no Iraque, em 1950, ela revolucionou o campo da arquitetura com suas obras ousadas e originais.
Entre a menina que projetou seu quarto, na infância, encantando a todos e a profissional que estudou matemática na Universidade Americana de Beirute e depois arquitetura na Architectural Association School of Architecture, em Londres, encontramos uma profissional visionária e pioneira.
Formada em 1977, trabalhou com o famoso arquiteto holandês Rem Koolhaas, de quem recebeu muitas influências. Montou seu escritório em 1980. Desde então o Zaha Hadid Architects tem se destacado por desenvolver projetos com uma linguagem arquitetônica única e expressiva.
Zaha Hadid foi uma grande defensora das mulheres nos campos criativos e da inovação na arquitetura.
“Como mulher na arquitetura, você sempre é uma estranha".
“As mulheres sempre são informadas de que ‘Você não vai conseguir, é muito difícil, você não pode fazer isso, não entre nesta competição, você nunca vai ganhar’, - elas precisam de confiança em si mesmas e de pessoas ao seu redor para ajudá-las a seguir em frente”
Algumas das obras mais famosas de Zaha Hadid incluem o Centro Aquático de Londres para os Jogos Olímpicos de 2012, o Centro Heydar Aliyev em Baku, Azerbaijão e o Museu MAXXI de Arte Contemporânea do Século XXI em Roma, e o Guangzhou Opera House na China. Essas obras mostram sua visão arquitetônica inovadora e sua habilidade de criar formas fluidas e dinâmicas que se integram ao contexto urbano e natural.
Zaha Hadid foi a primeira mulher a receber o Prêmio Pritzker de Arquitetura, em 2004, considerado o Nobel da arquitetura. Ela também recebeu outras honrarias, como a Medalha de Ouro do Royal Institute of British Architects (RIBA), em 2016, e o Prêmio Stirling do RIBA, em 2010 e 2011.
Zaha Hadid morreu em 2016, aos 65 anos, deixando um legado de mais de 200 projetos realizados ou em andamento em todo o mundo. Ela foi uma arquiteta que não se limitou pelos padrões convencionais e que buscou sempre novas possibilidades de expressão e experimentação. Ela foi uma inspiração para muitos arquitetos e designers que admiram sua criatividade e sua coragem.
Guangzhou Opera House |
Legado de Zaha Hadid - by arch2o |
Heydar Aliyev Cultural Center |
MAXXI – Museu Nacional das Artes do Século XXI - Roma |
https://www.britannica.com/biography/Zaha-Hadid
https://www.archdaily.com.br/br/785062/zaha-hadid-1950-2016
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