Walkability, estudos para um caminhar com mais acessibilidade
Caminhar faz bem e é recomendado por quase todos os médicos e manuais de boa saúde.
Caminhar nas grandes cidades nem sempre é um exercício assim tão saudável.
Desde a questão segurança que nos tolhe a vida cotidiana até as condições das calçadas urbanas que nos fazem ter torcicolos e perder o hábito de andar de cabeça erguida para não corrermos o risco de um acidente urbano.
Construir cidades saudáveis com ruas e equipamentos urbanos que auxiliem na promoção da saúde é uma necessidade dos planejamentos urbanos atuais. Estamos cada vez mais conscientes de que não podemos depender tanto dos meios de transporte individuais tanto pela questão da poluição e gasto energético, como pela necessidade de praticar exercícios mais regulares, entre eles a caminhada.
Existem várias práticas sendo propostas como exercícios de conhecimento da cidade que usam a caminhada como ferramenta, vejam em caminhar e parar como se dá esse aprendizado de reconhecer não apenas a cidade, mas o outro que a habita. Eu já relatei também minhas experiências em divagações de uma caminhante solitária por um parque de minha cidade, Porto Alegre.
Mas o falar em caminhar envolve mais que apenas escolhas de exercícios. Envolve acessibilidade, o estudo de como as cidades facilitam ou tolhem o deslocamento das pessoas a pé e o quão amigável é uma cidade, a tal da Walkability . Já há vários estudos a respeito que respaldam não apenas decisões de planejamento, como escolhas individuais das pessoas.
Uma delas é uma maneira de medir a acessibilidade de pedestres via Ciência de Dados. Descobri um blog bem interessante com essa postagem que pode ser lida na integra AQUI.
"Como poderíamos medir e mapear a capacidade de locomoção usando ferramentas de ciência de dados? Este blog sugere uma abordagem baseada no Pandana , uma excelente biblioteca Python desenvolvida por Fletcher Foti."
O Google também está desenvolvendo uma nova funcionalidade para mapear locais com maior ou menor acessibilidade, o que pode facilitar a vida de inúmeras pessoas, desde cadeirantes, passando por pessoas com mobilidade reduzida, crianças, gestantes e mesmo pessoas que queiram caminhar bastante e contar com rotas mais amenas. Veja o artigo onde falo sobre isso AQUI.
Há relatos de experiências corajosas e baratas que mudam cidades e uma delas,mostrada na imagem abaixo, fala do caso de Los Angeles onde um plano coeso e focado procura mudar a realidade da cidade para uma mobilidade mais acessível.
Arquitetando nossas cidades com ideias que promovam o bem estar e a saúde de sua população mostra uma evolução na mentalidade dos governantes e habitantes.
Que deixemos de ser analfabetos urbanísticos.
Imagens: Pixabay
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