Quem ainda lê blogs?
Falando por falar eis-me aqui, já tarde da noite, tentando fazer algo já tão ultrapassado nesses dias que correm:
ESCREVER.
Não apenas escrever em vez de gravar um vídeo ou postar uma imagem, mas escrever em um blog.
Quem ainda lê blogs?
As palavras ainda tem lugar nos tempos de agora? Mergulhar na leitura demanda tempo, demanda foco, demanda domínio da linguagem e da compreensão de textos.
E demanda também aprofundamento por parte de quem escreve para que o que saí da mente possa ter alguma relevância.
Há técnicas para caçar palavras chaves e a escrita acaba sendo mais dirigida aos robôs do Google que ao coração e mente do leitor. E mais do que nunca me lembro da frase que aprendi no mestrado da Engenharia de Produção: diga-me como me medes e te direi como produzo.
Quem ainda me lê, procura o quê? Informação sem dúvida, mas estará também interessado em saber o que pensa e sente essa pessoa que tecla?
O que sentimos ao ler as frases de tantos arquitetos? Conseguimos vislumbrar o tanto de suas criações também pelo que falavam?
Existe vida saudável na troca informal de inquietações? Pensar e falar a arquitetura não será também discursar no vazio que precede o concreto?
Ao pensar uma nova alternativa para um problema de espaço, seja macro ou seja micro, também falamos de poesia, falamos de vida real, falamos de uma narrativa de proposições que não se perdem na imensidão do instante. Arquitetura perdura.
Se alguém ainda me lê que me perdoe a falta de entusiasmo. Os tempos andam bicudos. Talvez a inquietação esteja dentro das pessoas e caiba aos arquitetos adaptar seus discursos aos novos tempos.
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