Arquitetando ideias

Joaquim Cardozo
Quando nem o nome parece único, é complicado falar de arquitetar ideias. Será possível se criar ainda algo novo, ou vamos viver de "inspirações" e tendências que nos levam à ambientes belos, mas cada vez mais iguais. Parecem únicos, mas se repetem como fórmulas de bolo. 

Os estilos se repetem e quando um industrial toma conta do gosto popular, pululam paredes de tijolos. Tijolos fakes, tijolos adesivos, tijolos pintados e até de verdade! Os móveis esquecem as linhas retas de combinação de madeiras e cor e usam e abusam de ferro. Todos com a mesma estante. Parecem diferentes. Mas todas iguais.

Antes eram as paredes cinzas. Antes ainda eram banheiros escuros. Cada época, uma receita. Cada dia menos poesia. Menos diferenças. 
“Arquitetura do Cais”, de Matheus Torres
Mas e se fosse poetar? Se largasse de mão os modismos e as imagens que bombam, seria lá muito diferente?  O que cada um de nós quer de fato para nossas casas? Elas são feitas para nós? Ou para mostrar um modo de ser e ganhar curtidas dos amigos. 

Talvez os anos passando, talvez os tempos de hoje, talvez um talvez bem grande na cabeça, apontando para a necessidade de novos rumos. E a cada vez que o mundo me parece sem muito sentido, apelo para a minha receita particular: poesia. A magia das palavras que encaixa devaneios. A cola que costura pedaços. A possibilidade de poder criar e imaginar.

Arquitetando Ideias. Um canal para falar de arquitetura em todas as escalas. Mas também um canal para delirar. Afinal, viver é algo muito mágico para se ter certezas estanques. É preciso repensar e repensar. É preciso seguir. Mesmo que ainda não se saiba para onde.    
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