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Mostrando postagens de novembro, 2017

8 exemplos de uso de contêineres - você vai gostar

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Conversas entre arquitetos sempre geram boas dicas e uma delas foi o vídeo lá de baixo que o Oscar Muller  com oito (bons) exemplos de construções e usos que o container pode ter na arquitetura. Um contentor ou contêiner é um recipiente de metal ou madeira, geralmente de grandes dimensões, destinado ao acondicionamento e transporte de carga em navios, trens etc. É também conhecido como cofre de carga, pois é dotado de dispositivos de segurança previstos por legislações nacionais e por convenções internacionais. Tem como característica principal constituir hoje em dia uma unidade de carga independente, com dimensões padrão em medidas inglesas (pés).(wikipédia) Mas e por que essas caixas de metal se tornaram tão procuradas e utilizadas hoje em dia? Porque são fortes, resistem à grandes cargas, tem um vida útil de quase cem anos, mas como sua utilização permitida no mar é curta (8 anos) acabam sendo descartados muito cedo. Foi pensando em reaproveitar o que antes era descartado que

Habitar - um pensamento humano de Juhani Pallasmaa

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Ler  Juhani Pallasmaa   é me reencontrar com a essência do que considero Arquitetura. No seu livro Habitar este arquiteto finlandês reafirma sua visão centrada no ser humano. Através de uma síntese de cinco ensaios seus, ele nos fala, de forma apaixonada e amigável, sobre o espaço que se habita, o senso da cidade, o tempo, o sentir, o pertencer.        Ele começa falando que em sua arquitetura projeta apenas casas. Não no sentido estrito da função, mas porque "o ato de habitar é o modo básico de alguém se relacionar com o mundo". E passa a nos relatar o quanto essa relação com a casa primeira forma nosso senso de pertencimento, nossa maneira de interação com a realidade que nos cerca.  Impossível passar impune pela leitura de seus livros que, aliás, são altamente recomendáveis para arquitetos e usuários. E exatamente porque além dos papéis que exercemos na vida, somos pessoas que sentem, que percebem através dos sentidos, pessoas que habitam espaços que são mais qu

De bule em bule, o café se faz cheirar

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Quem não guarda em sua memória afetiva algum cheiro gostoso que lembre aconchego? Eu lembro do cheiro do café passado em bules de louça, ainda com coador de pano. O pó era colocado com esmero, a água na chaleira não podia chiar que água quente estraga café e chimarrão (sabedoria de avó). O pó ia se transmutando em contato com a água e começava a cheirar. Cheiro bom. Cheiro gostoso que entrava pelas narinas e tomava conta do lar. As casas de ontem eram lares. Pelo menos as que lembro. Tinham fogão a lenha e as pessoas cozinhavam com fogo. Tinham uma mesa bem grande no centro da cozinha onde mãos operosas amassavam o pão que se comia com o café quentinho saído do pano. E o leite que tinha nata e também vinha em bules....  bule - substantivo masculino  - ant. pequeno frasco de louça da Índia, de gargalo estreito. / recipiente habitualmente bojudo e/ou em forma de tronco de cone e com asa, tampa e bico, de barro, porcelana ou metal etc., em que se faz e/ou serve chá, café, chocolat

Caminhar e Parar

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Caminhar. Não apenas apressadamente para chegar a algum lugar. Nem como forma de exercício . Mas caminhar e olhar. Caminhar e parar. Caminhar como forma de aprendizado de um realidade que desconhecemos por falta de prática. Por medo da insegurança. Pelos limites impostos na sociedade. Caminhar como uma forma também de transgressão. Aquela que conforma a curiosidade de saber o que existe além dos limites. Um livro que fala de práticas de ensino e que mesmo para o leitor que está longe dos exercícios das aulas, abre questões. Faz buscar mais dados. Faz querer ver, ouvir, cheirar e ler mais sobre.          Uma leitura em tudo interessante. Um livro que parece pequeno, mas é denso. A gente lê e para. Lê mais um pouco e para de novo. Respira. Pensa. Vai para a web, pesquisa. E volta a ler. Já aviso que não é um livro que vai te deixar impune. O leigo vai gostar. O profissional de arquitetura e urbanismo vai refletir. Os dois vão se conscientizar dos espaços que não percebemos

Resíduo de esgoto - transformando problema em solução

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Estes dias escutei no rádio que a criatividade nem reside em criar algo espetacularmente novo, mas em saber aproveitar a realidade e transforma-la em algo diferente. E se este diferente for ao mesmo tempo solução para um problema? Melhor ainda! É o que vemos neste projeto premiado de estudantes holandeses que tiveram a ideia de aproveitar o resíduo do esgoto como composto para telhados verdes em seu país. Bingo! O tratamento de água de sua cidade filtra uma quantidade imensa de lixo que não era aproveitável. Coisas como preservativos, tampões e toalhas higiênicas. Todo esse material era captado e depois queimado. Os estudantes tiveram a ideia de pegar este resto, secar e comprimir. Como com este processo, os odores somem, as placas que são criadas, e absorvem bastante umidade , servem como adubo para os telhados verdes.  O produto resultante do resíduo do esgoto foi chamado por eles de BlueRoofs. Com esta ideia foram um dos ganhadores do desafio  BlueCity Circular  em Roterdã,

DIY 15 ideias para enfeites e árvores de Natal com amor e criatividade

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HO HO HO! Por mais que o simpático velhinho vestido de vermelho com seu saco de presentes seja a imagem icônica do nosso atual festejo de Natal,  ainda tenho na memória afetiva duas formas de marcar a data: a árvore e os presépios . Essa lembrança tem toda a lógica com meus antepassados: do meu avô alemão veio a tradição da árvore . Dos portugueses de meu pai, o presépio. Da união desses dois polos nasceu nossos festejos que eram sempre muito alegres e cheios de presentes. Mas embora minha mente de criança ansiasse por eles, o foco da festa eram os preparativos onde eu podia ajudar. E como ela fantástico montar a árvore, ver nascendo aquela majestade que as caixas de guardados escondiam durante o ano. Bolas, velas, estrelas e até algodão faziam parte! O presépio sempre enriquecido com areia, laguinhos e vegetação. Tudo sempre igual e sempre tão diferente! Alguns anos a gente fazia os enfeites, lembro das bolas de isopor carregadas de alfinetes coloridos. Como eram pesadas!!!! Mas

Espaços sagrados - transformando capela em escritório

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Não deixa de ser peculiar se fazer uma relação entre os espaços sagrados de cada época. E aqui não vou entrar no aspecto religião, mas nos prédios que resultam de cada prioridade das sociedades. Muito já se estudou sobre o papel dos templos na história e da enorme demanda de recursos e tempo que geravam. Não é sem uma ponta de ironia que vejo este projeto do  Architects Bureau Klaarchitectuur transformando um antigo prédio histórico tombado em Sint-Truiden (Bélgica) , a capela de Waterhond , em seu escritório. E a ponta de ironia é constatar que muitas das maiores realizações arquitetônicas de nossa época contemplam justamente prédios de escritórios que celebram o trabalho como força propulsora de crescimento em nossas sociedades.  A capela é dos meados do século XVI e foi originalmente um celeiro. Mais tarde foi transformado em capela, escola de música e tribunal. Nas últimas três décadas estava sem ocupação.    Como todo prédio considerado como de valor histórico deve mant