Espaços escolares para novos tempos

Como seriam espaços escolares para nossos novos tempos de tantas transformações? Sou do tempo das carteiras todas arrumadinhas e o professor - detentor de todo o conhecimento - lá no seu posto da frente. As vezes até com um tablado para a sua mesa. Mas e hoje? Com tanta conexão, com tanta informação, com alunos permanentemente conectados e muitas vezes conhecendo mais que seus mestres em algumas matérias...Fui pesquisar alguns espaços escolares mais modernos para ver se a arquitetura escola está também se modernizando.
Conectar personas con personas.
Generar espacios para estimular y favorecer la conexión, intercambio y colaboración entre las personas [ofrecer espacios de transferencia de conocimiento, Impulsar comunidades de intercambio profesional].
Conectar pessoas com pessoas. Gerar espaços para fortalecer essa conexão, compartilhamento e colaboração entre as pessoas. Estas duas frases fixaram minha atenção em um texto que falava sobre a Arquitetura da Aprendizagem - dica do amigo José Antonio Klaes Roig, do excelente blog Educa Tube.


Existem alguns exemplos interessantes que resolvi destacar aqui.

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Espaços multifuncionais claros, com materiais acústicos e mobiliário colorido e que favorece o encontro é o que oferece a Vittra escola Brotorp em Estocolmo. de Rosan Bosch Estúdio. O projeto é parte integrante dos métodos pedagógicos adotados na escola, onde os espaços de aprendizagem flexíveis mesclam locais para encontro e pequenos nichos para concentração e contemplação. 


Construção de Casis Elementary School. Foto por Baldridge Architects
Uma sala de aula ao ar livre para o ensino de matérias ligadas à natureza. Outro exemplo parecido pode ser encontrado em uma pré escola que ensina a plantar os alimentos. Gosto desse tipo de proposta que une a chamada vida real com o ensino, tirando da escola a ideia de um local de teoria mais que de prática. O aprender em um local mais aberto e conectado com o verde e a vida me lembra as antigas praças onde os velhos mestres debatiam seus ensinamentos.
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Um desafio da Architecture for Humanity para que profissionais projetassem uma "sala de aula do futuro" teve como um dos oito finalistas este projeto de Feilden Clegg Bradley Studios para Ruanda onde a "paisagem montanhosa torna difícil e caro criar e expandir as salas de aula locais". O conceito são espaços que possam ser reaproveitados para usos multiplos em um sistema de construção em encostas. 
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Proporcionar equipamentos e mobiliário não apenas para o aprendizado em sala de aula, mas também criar locais de imersão ou descanso para leitura, navegação ou simplesmente meditação.
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Populações mais carentes necessitam não apenas espaços mais qualificados. Muitos precisam é de algum espaço onde aprender. Esta escola primária na Cidade do Cabo na Africa do Sul, a Vissershok Primary School é "uma escola rural dedicada aos filhos de trabalhadores rurais e comunidades carentes". Aproveitar contêineres fazendo com que estes tenham condições de salubridade para o ensino pode ser uma solução econômica e viável para áreas mais pobres.
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Mobiliário. Uma simples mudança de concepção já permite que as aulas privilegiem debates entre pequenos grupos ao invés de uma aula simplesmente expositiva. Tive a oportunidade de estudar em uma escola secundária, projetada por Éolo Maia, que me proporcionou este tipo de experiência e realmente faz muita diferença.

Uma escola para estimular a criatividade
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Acústica, iluminação, materiais que não sejam tão duros, uma arquitetura que contemple as especificidades locais, tudo isso é ressaltado no vídeo abaixo, onde a Professora da Unicamp Doris Kowaltowski fala sobre Arquitetura Escolar na TV Univesp SD. 




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