Arquitetar libera endorfina e leptina?
A maioria dos memes sobre trabalho falam de muito esforço e pouco prazer. Haja vista a alegria com que as sextas-feiras e feriados são saudadas. E como as coitadas das segundas são execradas....Mas existe uma categoria em que isso parece ser exceção. Eles quase não tem fim de semana nem feriados. E alguns nunca se aposentam: os arquitetos e as arquitetas.
Exagero? Talvez. Mas o que vejo e leio é o trabalhador em Arquitetura é um profissional que necessita vencer uma série de questões para atingir a tal falada valorização profissional. Mas mesmo assim muitos o fazem com muito prazer.
Não posso falar por toda a categoria. Mas posso falar por mim e por uma gama de colegas: ainda temos um diferencial competitivo imenso que talvez não saibamos transformar em vantagem financeira.
Amamos o que fazemos. A gente se queixa de trabalhar nos fins de semana, feriados, madrugadas. Mas pergunta se queremos deixar a arquitetura? A resposta clássica na minha geração era: é uma cachaça, querendo simbolizar uma espécie de vício. Bem como aquele corredor que desperta os hormônios da felicidade e continua correndo mesmo após a exaustão.
Atenção: Lógico que não estou embasada em nenhuma pesquisa para dizer isso e minha afirmação é muito mais metafórica que uma consistência científica. (E é sempre bom explicitar isso nesses tempos de leituras tão rápidas e conclusões rasteiras).
O que estou dizendo é que muitos de nós, arquitetos e arquitetas, temos o privilégio de trabalhar no que amamos. As vezes esquecemos de como cobrar por isso e muitos, talvez por trabalharem com criação, sei lá, adorariam ser "brincantes" como se define o colega Oscar Muller.
Não me julguem mal, é obvio que os arquitetos cobram pelo seu trabalho. Eles não são seres mágicos que vivem de luz. Eles tem despesas normais como todos. Pagam água, luz, transporte. Se vestem de roupas e comem como qualquer mortal. Eles estão em permanente construção. Viajam, leem, pesquisam e se abastecem de tudo que possa expandir seus repertórios que vão fazer suas soluções melhores.
E tudo isso custa algo. Em moeda sonante. E não é pouco.
Sim, também fazemos escambo. Trocamos nossa expertise pela do cliente. Trocamos nosso trabalho pelo do cliente. É uma forma justa também de remuneração. Podemos fazer arquitetura por quantias mínimas como uma forma de difusão. Podemos fazer arquitetura colaborativa e de cunho social. Como podemos cobrar um preço considerado justo em uma economia de mercado por um bem que vai tornar as pessoas mais felizes e com espaços mais funcionais e criativos.
O que distingue um arquiteto realmente viciado pela profissão? O brilho no olhar. A alegria de criar. O considerar seu trabalho um prazer. E isso faz uma baita diferença no projeto final. Acreditem em mim.
Exagero? Talvez. Mas o que vejo e leio é o trabalhador em Arquitetura é um profissional que necessita vencer uma série de questões para atingir a tal falada valorização profissional. Mas mesmo assim muitos o fazem com muito prazer.
Não posso falar por toda a categoria. Mas posso falar por mim e por uma gama de colegas: ainda temos um diferencial competitivo imenso que talvez não saibamos transformar em vantagem financeira.
Amamos o que fazemos. A gente se queixa de trabalhar nos fins de semana, feriados, madrugadas. Mas pergunta se queremos deixar a arquitetura? A resposta clássica na minha geração era: é uma cachaça, querendo simbolizar uma espécie de vício. Bem como aquele corredor que desperta os hormônios da felicidade e continua correndo mesmo após a exaustão.
Atenção: Lógico que não estou embasada em nenhuma pesquisa para dizer isso e minha afirmação é muito mais metafórica que uma consistência científica. (E é sempre bom explicitar isso nesses tempos de leituras tão rápidas e conclusões rasteiras).
O que estou dizendo é que muitos de nós, arquitetos e arquitetas, temos o privilégio de trabalhar no que amamos. As vezes esquecemos de como cobrar por isso e muitos, talvez por trabalharem com criação, sei lá, adorariam ser "brincantes" como se define o colega Oscar Muller.
Não me julguem mal, é obvio que os arquitetos cobram pelo seu trabalho. Eles não são seres mágicos que vivem de luz. Eles tem despesas normais como todos. Pagam água, luz, transporte. Se vestem de roupas e comem como qualquer mortal. Eles estão em permanente construção. Viajam, leem, pesquisam e se abastecem de tudo que possa expandir seus repertórios que vão fazer suas soluções melhores.
E tudo isso custa algo. Em moeda sonante. E não é pouco.
Sim, também fazemos escambo. Trocamos nossa expertise pela do cliente. Trocamos nosso trabalho pelo do cliente. É uma forma justa também de remuneração. Podemos fazer arquitetura por quantias mínimas como uma forma de difusão. Podemos fazer arquitetura colaborativa e de cunho social. Como podemos cobrar um preço considerado justo em uma economia de mercado por um bem que vai tornar as pessoas mais felizes e com espaços mais funcionais e criativos.
O que distingue um arquiteto realmente viciado pela profissão? O brilho no olhar. A alegria de criar. O considerar seu trabalho um prazer. E isso faz uma baita diferença no projeto final. Acreditem em mim.
“Algum dia em qualquer parte, em qualquer lugar indefectivelmente te encontrarás a ti mesmo, e essa, só essa, pode ser a mais feliz ou a mais amarga de tuas horas.”Leiam também:
PABLO NERUDA
Parabéns pelo texto!Puro e verdadeiro.
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