Pela casa se conhece o dono

Uma frase impactante. Já se disse que o título de um livro é um dos maiores chamarizes para a compra. Creio que sim. Um título te pega, instiga a curiosidade, faz querer saber mais. Mas não foi só isso que me levou a comprar esse livro.

O motivo maior foi meio triste. Como devem saber a editora acabou. A Cosac Naify. Uma editora diferente. Com livros que a gente ficava namorando e contando as moedinhas para ver se dava para comprar. Quase nunca dava. Qualidade custa caro. 

Caro talvez não seja a palavra correta. Qualidade custa o preço justo. Este preço pode ser muito para o nosso bolso. É diferente. 

Mas quando li aquelas palavras: promoção. 70% mais barato. Aquele chamado cheio de segundas intenções que teu desejo clique um botão e seja captado pelo lado emotivo da compra...enfim não resisti. E por um motivo também que revelo aqui.

Eu não tinha nenhum livro da Cosac Naify.

Nenhum! Nenhunzinho....

Não resisti. E eis aqui um deles: pela casa se conhece o dono. De Didier Cornille com 94 páginas. 
Pela casa se conhece o dono é uma introdução, para crianças e jovens (e, porque não, adultos) à arquitetura do século XX, a partir de casas emblemáticas construídas por grandes arquitetos do período (Frank Lloyd Wright, Ray Eames, Koolhaas, Oscar Niemeyer, entre outros). As ilustrações são do próprio Cornille.
Leitura rápida e gostosa. Colorida. Quase infantil. Apropriada para uma arquiteta cheia de vontade de descansar a cabeça com leituras leves e instrutivas.
Casa do Homem - Le Corbusier
Posso confessar? Aprendi de novo. Embora conhecesse as casas citadas, foi como se as visse pela primeira vez. Olhei outros ângulos. Interessante como nem sempre textão ou palavras técnicas te fazem sentir tanto como o desenho e conceitos mais puros. Momento meu, sei lá. 
Villa Savoye - Le Corbusier
Uma pena que seja um livro que vai ficar raro. Talvez em sebos. Se fosse criança novamente ia amar ter lido esse livro.

Fiquei pensando se realmente tivemos grandes evoluções como as casas que subverteram conceitos no início dos anos 20. Até que ponto nossas casas de hoje refletem a nós, seus donos?
Casa das Lagoas - Oscar Niemeyer
Que novos conceitos estaremos adotando em nossas casas que reflitam o momento da arquitetura atual. Ou que possam marcar em um novo estilo e jeito de morar? Ou estaremos cada vez mais padronizados, morando como se fossemos cidadãos do mundo, mas sem a personalidade da nossa aldeia?

Afinal quem são os donos hoje? E que Arquitetura podemos propor?

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