Resiliência Urbana e Hedy Lamar
O fim de semana foi uma prova de sobrevivência. Para nós que moramos nas cidades ter acesso à infra estrutura básica como luz, água e...wifi se torna tão corriqueiro que nem nos damos conta de como é viver sem eles. Mas quando uma calamidade natural como a que se abateu sobre uma parte de Porto Alegre nesse 29 (31 ops) de janeiro de 2016 nos faz ficar 36 horas sem luz, sem wifi e com água (sorte no meu caso porque grande parte da cidade ficou sem) nos questionamos sobre como anda a nossa capacidade de resiliência urbana.
Ainda preciso ler com calma toda a estratégia e a que se propõe a cidade para vencer esse desafio. Que aliás, espero de coração, seja amplamente enfrentado e implementado. Que estejamos preparados para enfrentar desafios como terremotos, inundações, tsunamis e um transporte público ainda aquém das necessidades da população. Uma das minhas principais críticas é sempre a falta de planejamento para o futuro da cidade. Portanto aplaudo qualquer iniciativa que mostre uma boa intenção de fazê-lo.
Talvez lá por 2022 estejamos mais prontos para responder com mais prontidão aos reveses. O que leio hoje me desanima.
Um dos pontos a favor de Porto Alegre é a sua arborização. Uma das maiores do país. Exatamente essa intensa quantidade de árvores se tornou um dos agravantes na falta de energia elétrica com o número delas que caíram integral ou parcialmente, carregando fios com elas. Uma das soluções seria um incremento de redes subterrâneas. Outro grande problema -e que tem já acontecido em outras tempestades menores é faltar energia elétrica nas estações de água o que ocasiona falta dela para o cidadão. Geradores nas estações seria uma solução. Infelizmente o que leio é que tudo isso é considerado inviável pelos custos. Assim como o aumento do efetivo responsável pela manutenção das redes. Também esbarra em custos...
Há impactos que são impossíveis de prever com antecedência. Resta planejar para que a cidade e seus cidadãos sejam mais capazes de reagir com presteza e restabelecer a ordem (inclusive a infra estrutura necessária) o mais rápido possível. Exige criatividade e realmente muita resiliência...
E Hedy Lamar? O que tem a ver com isso?
Hedwig Eva Maria Kiesler era uma bela mulher, artista de Hollywood. Para mim parava aí. Mas não. Ela foi bem mais que isso. Foi a precursora na invenção de "um sistema de comunicações para as Forças Armadas dos Estados Unidos que serviu de base para a atual telefonia celular."(Wikipédia)
Sim, graças à ela temos wifi - uma das tecnologias que está se tornando tão necessária como água e luz como falei lá em cima.
Essa mulher que quebrou tabus aparecendo nua em um filme na década de 30, encantou um multimilionário vendedor de armas que a fez abandonar a carreira artística. Sob seu domínio, ela se voltou aos estudos de engenharia e aprendeu com ele sobre a indústria de armas. Com o marido se envolvendo com o nazismo, ela foge e vai virar artista nos Estados Unidos. Mais fantástico que qualquer filme. Uma mulher resiliente, bela e inteligente, que se torna peça chave em uma tecnologia fundamental. E da qual ficamos sabendo mais sobre sua aparência. Típico.
Que o plano de cidade resiliente vá além da aparência. É o que espero.
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Por ironia, uns poucos dias antes a cidade comemorava o fato de ser uma das duas cidades no Brasil (a outra é o Rio de Janeiro) a fazer parte do 100 Resilient Cities que é financiado e apoiado pela Fundação Rockefeller.
A resiliência urbana: Capacidade de indivíduos, comunidades ou cidades de sobreviver, adaptar-se e crescer, não importando a intensidade dos impactos que venham a sofrer. Ao desenvolver um plano que observe esses aspectos, indivíduos, comunidades e as cidades se tornam mais capacitadas para responder aos eventos adversos, mantendo suas funções básicas e se recuperando rapidamente dos seus impactos. (Fonte)
Ainda preciso ler com calma toda a estratégia e a que se propõe a cidade para vencer esse desafio. Que aliás, espero de coração, seja amplamente enfrentado e implementado. Que estejamos preparados para enfrentar desafios como terremotos, inundações, tsunamis e um transporte público ainda aquém das necessidades da população. Uma das minhas principais críticas é sempre a falta de planejamento para o futuro da cidade. Portanto aplaudo qualquer iniciativa que mostre uma boa intenção de fazê-lo.
Talvez lá por 2022 estejamos mais prontos para responder com mais prontidão aos reveses. O que leio hoje me desanima.
Um dos pontos a favor de Porto Alegre é a sua arborização. Uma das maiores do país. Exatamente essa intensa quantidade de árvores se tornou um dos agravantes na falta de energia elétrica com o número delas que caíram integral ou parcialmente, carregando fios com elas. Uma das soluções seria um incremento de redes subterrâneas. Outro grande problema -e que tem já acontecido em outras tempestades menores é faltar energia elétrica nas estações de água o que ocasiona falta dela para o cidadão. Geradores nas estações seria uma solução. Infelizmente o que leio é que tudo isso é considerado inviável pelos custos. Assim como o aumento do efetivo responsável pela manutenção das redes. Também esbarra em custos...
Há impactos que são impossíveis de prever com antecedência. Resta planejar para que a cidade e seus cidadãos sejam mais capazes de reagir com presteza e restabelecer a ordem (inclusive a infra estrutura necessária) o mais rápido possível. Exige criatividade e realmente muita resiliência...
E Hedy Lamar? O que tem a ver com isso?
Hedwig Eva Maria Kiesler era uma bela mulher, artista de Hollywood. Para mim parava aí. Mas não. Ela foi bem mais que isso. Foi a precursora na invenção de "um sistema de comunicações para as Forças Armadas dos Estados Unidos que serviu de base para a atual telefonia celular."(Wikipédia)
Sim, graças à ela temos wifi - uma das tecnologias que está se tornando tão necessária como água e luz como falei lá em cima.
Essa mulher que quebrou tabus aparecendo nua em um filme na década de 30, encantou um multimilionário vendedor de armas que a fez abandonar a carreira artística. Sob seu domínio, ela se voltou aos estudos de engenharia e aprendeu com ele sobre a indústria de armas. Com o marido se envolvendo com o nazismo, ela foge e vai virar artista nos Estados Unidos. Mais fantástico que qualquer filme. Uma mulher resiliente, bela e inteligente, que se torna peça chave em uma tecnologia fundamental. E da qual ficamos sabendo mais sobre sua aparência. Típico.
Que o plano de cidade resiliente vá além da aparência. É o que espero.
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