Pritzker 2016 - Arquitetura melhorando a vida das pessoas
Um jovem chileno com uma produção engajada socialmente é o ganhador do Nobel da Arquitetura, o prêmio Pritzker. Desde 1979 arquitetos das mais variadas origens, quase todos homens, tem sido premiados pelas suas obras, entre eles Oscar Niemeyer (1988) e Paulo Mendes da Rocha (2006). Alejandro Aravena, o premiado de 2016, parece consolidar uma tendência de que a Arquitetura seja vista não apenas como geradora de beleza e produção individual de um artista genial, mas como uma profissão que pode contribuir para a vida das pessoas.
Por outro lado, nem todos moramos em Palácios ou templos. Nós moramos em casas reais, com problemas reais que necessitam soluções. E há aquelas camadas da população que são mais carentes e por isso mesmo, ainda mais necessitadas de quem proponha ideias e projetos de habitações e espaços que sejam funcionais, econômicos na execução e manutenção, ambientalmente corretos. E com isso tudo equacionado, resultem belos.
Este é o caso do trabalho de Aravena. Com seu estúdio ELEMENTAL vem se dedicando à habitações sociais, com propostas eficazes e arrebatando vários prêmios na sua trajetória.
As justificativas para a escolha de seu nome na premiação de 2016 encerram o reconhecimento do seu protagonismo como participe da construção de soluções que beneficiem a humanidade.
Mas ainda temos muito a percorrer. Uma arquitetura social de verdade deve ser propositiva de não apenas habitações, mas de soluções urbanas que transformem nossas cidades, nossos espaços, nossa vida. Urge que arquitetos se voltem para a potencialidade que tem a oferecer com a solução dessas necessidades.
a arquitetura, no seu melhor, pode melhorar a vida das pessoas. Tom PritzkerFoi uma notícia que muito me alegrou. Eu sempre vi a Arquitetura como fator de aprimoramento da sociedade. Admiro grandes obras que encantam pela beleza, elas tem a sua função também já que a arte, o belo, nos resgata um lado mais humano e sensível. Faz bem à alma. Mas também sei que grandes obras como essas necessitam geralmente de um mecenas que as banque (basta olhar a história da humanidade).
Por outro lado, nem todos moramos em Palácios ou templos. Nós moramos em casas reais, com problemas reais que necessitam soluções. E há aquelas camadas da população que são mais carentes e por isso mesmo, ainda mais necessitadas de quem proponha ideias e projetos de habitações e espaços que sejam funcionais, econômicos na execução e manutenção, ambientalmente corretos. E com isso tudo equacionado, resultem belos.
Este é o caso do trabalho de Aravena. Com seu estúdio ELEMENTAL vem se dedicando à habitações sociais, com propostas eficazes e arrebatando vários prêmios na sua trajetória.
UC Innovation Center – Anacleto Angelini, 2014, San Joaquín Campus,
Universidad Católica de Chile, Santiago, Chile Sketch by ELEMENTAL (Alejandro Aravena) |
Monterrey Housing, 2010, Monterrey, Mexico Photo by Ramiro Ramirez — An example of middle-class standard achieved by the residents themselves. |
Quinta Monroy Housing, 2004, Iquique, Chile Photos by Cristobal Palma — Left: “Half of a good house” financed with public money. Right: Middle-class standard achieved by the residents themselves. |
Siamese Towers, 2005, San Joaquín Campus, Universidad Católica de Chile,
Santiago, Chile, University classrooms and offices Sketch by Alejandro Aravena |
As justificativas para a escolha de seu nome na premiação de 2016 encerram o reconhecimento do seu protagonismo como participe da construção de soluções que beneficiem a humanidade.
Alejandro Aravena simboliza o renascimento de um arquiteto mais socialmente engajado, especialmente em seu compromisso de longo prazo para enfrentar a crise global da habitação e lutar por um melhor ambiente urbano para todos. Ele tem uma profunda compreensão da arquitetura e da sociedade civil, como se reflete em sua escrita, sua militância e seus projetos. O papel do arquiteto está agora a ser desafiado para servir maiores necessidades sociais e humanitárias, e Alejandro Aravena claramente, generosa e totalmente respondeu a este desafio.Essa premiação com todo a visibilidade que atrai, sinaliza rumos para a Arquitetura. Mais que uma produção de mentes individuais, um trabalho solidário e construtivo. Mais que obras que causam um OHHHH pela monumentalidade, um trabalho de construção conjunta e focado nas necessidades humanas, mormente as de populações mais carentes. Uma arquitetura mais social e mais afeita ao mundo onde se insere.
Mas ainda temos muito a percorrer. Uma arquitetura social de verdade deve ser propositiva de não apenas habitações, mas de soluções urbanas que transformem nossas cidades, nossos espaços, nossa vida. Urge que arquitetos se voltem para a potencialidade que tem a oferecer com a solução dessas necessidades.
Muito mais do que trabalhar com arquitetura para camadas de rendas diferenciadas, que não têm acesso a arquitetura, a nossa função social hoje é, principalmente, trabalhar com a cidade. Entender a cidade no seu conjunto. Atualmente, cada vez mais, a produção da cidade é feita de forma fragmentada, setorial , abandonando a ideia de planejamento e de perspectivas de métodos de qualificação, de ampliação e de expansão da cidade. arquiteta e urbanista Angela Gordilho
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Fonte das imagens
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