Sustentabilidade arquitetônica e cultural em escola infantil - Chrysalis Childcare
Obviamente sim. E nem falo aqui como arquiteta, mas como ser humano.
Viemos a um mundo feito de dimensões. O espaços nos rodeia, crescemos tocando, cheirando, descobrindo. E o que é a aprendizagem senão o despertar da vontade de aprender mais e mais? Aprender não é sentar em uma sala de aula, ou na frente de um computador, e decorar. Não. Aprender é interagir. Aprender é sentir a vida e como ela funciona. Aprender é compreender o mundo, as pessoas. O vento. O céu. As plantas...e as pessoas. Nós, humanidade que tanto carecemos de aprender a interagir conosco.
Por isso, quando vejo um projeto que contempla de forma tão bonita e delicada essa relação com o entorno, impossível não compartilhar aqui no blog.
O Chrysalis Childcare and Early Learning Centre me encantou! Projeto de Collingridge and Smith Architects está localizado em Auckland, Nova Zelândia.
Uma proposta que une sustentabilidade arquitetônica e afetiva, levando em consideração elementos da cultura local na concepção da forma e nos simbolismos usados no projeto. E priorizando materiais certificados e reciclados, além do aproveitamento da abundante luz natural em seus espaços.
O que seria um problema, o fato de haver árvores a serem preservadas em um terreno não muito amplo, se tornou solução. A forma do prédio, que lembra velas de barcos, tão importantes na cultura local, envolve as árvores.
Esse respeito às tradições locais me parece um dos pontos altos do projeto. Sustentabilidade não se faz apenas com materiais e respeito à certificados. Mas também com o resgate das técnicas, materiais e cultura locais, dando-lhes um novo olhar e inserindo novas tecnologias que acrescentem, nunca excluam.
Confesso que me assusta ver que a maioria de nossas construções, sejam externas, sejam ambientes internos, assumem um ar cosmopolita, uma maneira de dizer que são todas iguais. Poderiam estar em qualquer lugar do mundo. E dizem isso como se fosse uma vantagem! Um mundo igual é um mundo pobre. O que confere dinamismo é justamente o que cada um, o que cada local tem de único. Quanto mais cedo as crianças aprenderem isso, mais rica a cultura de um país. E isso se reflete nas suas criações e na sua economia, com certeza.
Por isso achei fantástica a explicação de como o prédio representa a união de elementos simbólicos da cultura Maori, trabalhando os vazios da natureza e os elementos construídos.
A humanização é justamente isso: deveríamos projetar para as pessoas e não para a forma. E isso não significa funcionalidade. Funcionalidade é projetar para as necessidades básicas das pessoas. A humanização vai além: é projetar para as percepções e diversidades das pessoas e para que o ambiente seja apreciado e, por que não, amado. Se não levarmos isso em conta, é melhor não projetar.Arq. e prof. Doris Kowaltowski (Fonte)
A educação é bem mais que um prédio, por mais bonito, sustentável e criativo que seja. Não importa se é educação básica ou mesmo o ensino da arquitetura, ou outro saber, o ato de educar sempre será para mim o ensinar a olhar o mundo com seus próprios olhos e mestre, para mim, é o que planta vontades, o que fomenta, o que instiga e desperta em cada um a vontade da busca. E da busca do contraditório, das inúmeras versões, da base e da síntese que pode ressignificar o presente e alicerçar o futuro. Elenara Stein Leitão (fonte)
Fotografias: Cortesia de Collingridge and Smith ArchitectsFontes - Archdaily
Revista Decor 106/2015
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Learning Links, a leading childcare centre provides warm, caring, early learning environment for 3 months to 5 years old children
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