O espaço do sagrado - capelas
Espaços do sagrado. Desde o início da história da arquitetura vemos os espaços de templos, de contemplação, de encontro com o divino que em nós habita, se salientarem em maior ou menor grau de luxo e/ou complexidade.
Mesmo para os que não acreditam em um (ou mais) deus(es), ainda assim o espaço do sagrado existe. Entendamos sagrado como a transcendência, como a chama da criação. E nesse sentido até mesmo um belo teatro é um espaço sagrado. Um museu, um centro de artes, um belo parque...
Penso, portanto, que os sábios antigos, que buscavam garantir a presença de seres divinos pela construção de templos e estátuas, mostraram percepção sobre a natureza do Todo, pois eles perceberam que, embora esta alma esteja em toda parte tratável, a sua presença será melhor assegurada quando um receptáculo apropriado é elaborado, um lugar especialmente capaz de receber uma parte ou fase dele, algo para reproduzi- lo ou representá-lo, e servir como um espelho para capturar sua imagem. (Plotino, livro IV das Enéadas, 3º tratado ("Problemas da alma"), § 11). (fonte)
Mas se for pensar em um templo, de adoração a um Deus, sempre me lembro das capelas. Me parecem que encerram uma singeleza que a grandeza das igrejas e catedrais não conseguem exprimir. É como se o dialogo com o Deus de cada um fosse mais facilitado em um espaço menor, mais íntimo, mais simples. Obvio que é polêmico, é muito particular de cada um. Mas o espaço sacro encerra alguns conceitos.
O principal deles simbólico. É um espaço de elevação. Então a ideia do espaço que te sugere um olhar ao alto é sugestiva. E o encaminhamento através de símbolos como a água também são uma forma simpática de remeter à transcendência.
Separei algumas capelas que achei interessantes. Cada uma expressa uma ideia, mas tem em comum uma concepção limpa e singela.
Maravilhoso!
ResponderExcluirObrigada, por compartilhar estas maravilhas!
Obrigada a ti, Márcia, por compartilhar tua opinião! É tão importante receber um retorno assim. Abraços
ResponderExcluir