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Mostrando postagens de março, 2014

Escola flutuante em favela nigeriana -Design of the Year Award 2014

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Imagine uma favela sobre palafitas. Eu já entrei em uma. Chamava-se Alagados e ficava em Salvador, BA. Foi uma atividade de um projeto estudantil, no começo da faculdade, anos 70. Foi uma das experiências mais impactantes que já tive. Imagine então uma comunidade de pescadores que vivem em palafitas na Nigéria, Africa. Pois foi para esta comunidade chamada Makoko que o arquiteto nigeriano  Kunle Adeyemi projetou uma escola que flutua em 256 barris de plástico reciclado, acomoda uma centena de crianças e que também pode ser usada como espaço comunitário. Não é debalde que o projeto tenha sido lembrado para o Design Of The Year 2014 .   Makoko é uma comunidade pobre, com cerca de 80.000 pessoas, construída sobre um charco e cuja população tem uma expectativa de vida é inferior a 40 anos. O governo local, pelo que li AQUI tem planos para acabar com a comunidade. Preocupado com a população e o que vai ser feito com ela, o arquiteto construiu um protótipo da escola, usando

Acessibilidade REAL - Hotelaria com sensibilidade

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Tornar a arquitetura e os ambientes um local para todos é mais que importante, é garantir autonomia para todas as pessoas. É um tema que tem que ser visto com sensibilidade, entendendo que para seu perfeito funcionamento tem proporcionar um conjunto de facilidades . Por isso me encantei com a proposta da Doris Azevedo  : Um programa de hotelaria com Sensibilidade E o que seria esse programa de nome tão significativo?  É a visão de uma profissional em Hotelaria que tem uma restrição nos movimentos das pernas em função da Esclerose Múltipla e sentiu por experiência própria a dificuldade dos cadeirantes na hospedagem em hotéis brasileiros. Segundo a Doris,  “Legislação e normas tem em abundância. Por isso meu principal foco é avaliar a acessibilidade do que já existe, especialmente nos apartamentos e banheiros adaptados dos hotéis e propor ajustes para a acessibilidade REAL. ” E quem é cadeirante, ou tem amigos e parentes cadeirantes, sabe o quanto é difícil achar locais real

Flat minimalista - quem não quer?

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Dois designers gráficos, um flat amplo e uma ambientação minimalista e com móveis de design clássico. Branco, muito branco mesclado à madeira clara. Projeto da Designer de Interiores polonesa Sabina Królikowska. Fotos : Marek Lange & Sabina Królikowska

Minimalismo no banheiro

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Um passeio pelo desenho minimalista em banheiros.  Eu não sou exatamente uma pessoa sucinta. Primo pela complexidade e pela sustentabilidade afetiva , com uma queda para a acumulação . Mas...para todo ponto existe um contraponto. Todo acumulador - saudável - deve ter um lado de admiração pelo simples, pelo enxuto, pela simplicidade. Pelo lado minimalista de ser. Mas....todo minimalismo não deixa de ter um lado dramático. A própria ausência de adornos, de supérfluos é uma forma de expressão. Limpeza, uma ordenação espartana (vai no google ver se não sabe o que é). Funcionalidade, cores claras, muito branco, muito cinza, mas...materiais bons. O mínimo sim, mas de boa qualidade.   Passeie pelos ambientes. Não sem razão, a cor aparece no final. Quebra a regra. e existe regra? Pense nisso.   Fotos: Pinterest e Google

Mural do afeto

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Vi esse nome em uma foto na web e amei! Coisa mais linda a gente organizar um mural de afetos. Em nossas vidas! Reuni um monte deles para servir de inspiração. Como muitos sabem, minha rotina nos últimos meses incluiu idas diárias ao hospital onde meu pai se recupera de uma situação bem complicada. Transitar por salas de espera de CTIs e Unidades Especiais de tratamento é uma pós graduação de vida. Ali, no limiar da morte, convivendo com a luta das equipes médicas a quem tanto admiro, com o sofrimento e impotência das famílias que se unem em uma rede de solidariedade, vemos o quanto o afeto é importante para a nossa vida. E mais ainda em dias de tanto individualismo. Nessas horas em que os objetivos, os lucros, as conquistas materiais passam a ser secundárias, vemos que a grande conquista na vida é ter família, seja de sangue ou de coração. É dar e receber afeto, amor, carinho.    Talvez por isso, essas fotos que reúnem mostras de afeto dentro de nossas casas tenham me to

Céus de Porto Alegre

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As cidades são feitas de pessoas, de prédios, de ruas. Tudo bem. Mas também são feitas de natureza. E se tem algo que admiro na minha cidade são os espetáculos diários com que ela me brinda: Os céus de Porto Alegre ! Quem me segue nas redes sociais já está acostumado a ver essas maravilhas. Não me canso de fotografar. Cada dia é diferente. Cada época do ano tem sua magia, sua cor, sua luz.    Tem as manhãs e tardes de muita cor. Nem precisa usar filtros, a cidade nos brinda com céus multicoloridos. São laranjas, violetas, um pantone de cores que se mesclam com incrível maestria. As nuvens formam movimentos que pintam como se fosse uma imensa aquarela. A nós, espectadores, fica a tarefa de parar uns minutos e admirar.   " Ó céus de Porto Alegre, como farei para levar-vos para o Céu?"  M. Quintana Já escrevi tanto sobre a cidade que escolhi para viver. Já falei do meu olhar sobre ela ,  dos vários aniversários ( 238) , Da Porto Alegre para inglês ve

Quartos pelo mundo - teste seu conhecimento

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Nesse nosso mundo super conectado corremos o risco de perder um pouco de nossa identidade. Edifícios iguais que revelam ambientes tão parecidos. Será? Um exercício interessante é visitar ambientes pelo mundo afora e tentar adivinhar onde se localizam.Reuni alguns dormitórios e faço um desafio. Descubram de que país são.... (A) (B) (C) (D) (E) (F) (G) E aí? Deu para ter uma ideia, pelo menos aproximada, de onde estão localizados estes quartos? Deu para pensar até que ponto a cultura local influi nas nossas escolhas e em como tratamos o nosso espaço?  Gosto desse tema. Não me agrada a padronização a torto e a direito, daquilo que tem a mesma cara aqui e lá fora. Gosto da diversidade, das coisas que surpreendem, daquilo que destoa. O que instiga traz perguntas, movimenta em nós um pensar que não é o de todo dia. Gosto desse questionamento do cotidiano. Para isso serve a arte, serve a vida, serve pensar o espaço e fazer dele um