As ruas e a saúde

Achei um texto super interessante que fala sobre o verdadeiro custo de ruas em que os carros são prioridade. Seriam as ruas onde o pedestre é afastado, seja por falta de ciclovias, seja por acúmulo de carros ou falta de passarelas ou outros meios mais amigáveis para uma caminhada. Falta de árvores com sombra, por exemplo. E o texto fazia uma correlação entre as crescentes taxas de obesidade e algumas outras doenças agravadas pelo sobrepeso com fatores ambientais, especialmente a forma como é planejado o nosso ambiente construído.

Fonte

NatGeo percent walk & bike to destination

O gráfico da National Geographic mostra o percentual da população que usa bicicleta ou caminha sempre ou frequentemente para seus destinos. Nós, felizmente estamos na frente junto com os alemães. O texto se mostra bastante preocupado, e com razão, com a baixa porcentagem de americanos que não se exercitam dessa maneira.
/euvoudebike.com


O autor sugere que as vias de lá são muito orientadas para os veículos e que é perigoso e menos atraente andar a pé ou de bicicleta. Ele cita também algumas soluções como as "ruas completas" que estariam ganhando espaço no planejamento de escritórios em todo o país e bairros com lojas nas proximidades de casas
. Vejam aqui outras soluções implantadas em Nova Iorge, as ruas sustentáveis.

Mas estaríamos nós melhores que os americanos? Embora o gráfico (de 2009) aponte que sim, não creio que muita dessa mobilidade seja porque temos ruas melhores para o pedestre ou o ciclista. Muito pelo contrário. Creio que uma menor oferta de transporte público de qualidade e o menor poder aquisitivo contribuam para isso.Além disso, nossas cidades ainda não contam com ciclovias em quilometragem suficiente para que se opte por elas como meio de locomoção cotidiana e segura.

Ao lado infográfico que descobri no facebook que mostra como o uso das bikes é vantajoso. Super dica do colega Iran Rosa.

Portanto, urge que nossos administradores públicos abram os olhos em um investimento relativamente barato, que pode evitar gastos imensos em vidas, em qualidade de vida, em orçamentos para hospitais e equipamentos: ruas mais humanas.   


 


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