Casa de Thiago de Mello por Lúcio Costa
Vendo o projeto da casa do Texas de Andersson-Wise Arquitetos com seus detalhes de visualização do entorno, me lembrei dessa casa. A casa de Thiago de Mello, projetada por Lúcio Costa.
Thiago de Mello é um poeta que esteve muito presente em minha vida. Anos 70, era estudante e vivíamos anos pesados, sem liberdade. Nossos artistas usavam de vários subterfúgios para poder transmitir sua arte. Nomes falsos, exílio, mensagens nas entrelinhas. E esse poeta amazonense já dizia que
Para ele, Lúcio Costa fez essa casa. No meio da floresta, ele que é
Em local só acessível por barco, com projeto feito em quatro folhas de papel oficio e detalhes como levantar a cama para que, deitado, Thiago pudesse ver o Rio Amazonas por uma janela que tinha o tamanho exato de sua cama.
Abaixo projeto da casa, nos traços do Lúcio e cujos detalhes podem ser vistos AQUI.
E na sua voz e palavras uma poesia para seu arquiteto.
Thiago de Mello é um poeta que esteve muito presente em minha vida. Anos 70, era estudante e vivíamos anos pesados, sem liberdade. Nossos artistas usavam de vários subterfúgios para poder transmitir sua arte. Nomes falsos, exílio, mensagens nas entrelinhas. E esse poeta amazonense já dizia que
“Madrugada camponesa.Faz escuro (já nem tanto),Vale a pena trabalhar.Faz escuro mas eu cantoPorque a manhã vai chegar.”(madrugada camponesa - Thiago de Mello)
Fonte |
Filho da floresta,
água e madeira
vão na luz dos meus olhos,
e explicam este jeito meu de amar as estrelas e de carregar nos ombros a esperança.
Em local só acessível por barco, com projeto feito em quatro folhas de papel oficio e detalhes como levantar a cama para que, deitado, Thiago pudesse ver o Rio Amazonas por uma janela que tinha o tamanho exato de sua cama.
fonte |
Ninguém me habita
Ninguém me habita. A não ser
o milagre da matéria
que me faz capaz de amor,
e o mistério da memória
que urde o tempo em meus neurônios,
para que eu, vivendo agora,
possa me rever no outrora.
Ninguém me habita. Sozinho
resvalo pelos declives
onde me esperam, me chamam
(meu ser me diz se as atendo)
feiúras que me fascinam,
belezas que me endoidecem.
E na sua voz e palavras uma poesia para seu arquiteto.
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