Sobre o ato de criar e estar consigo
A criação necessita de um estado de espiritual muito peculiar. Não sei definir com exatidão, mas não é em absoluto aquele estado de pura objetividade, nem aquele de muita languidez.
Criar exige uma sincronia corpo-mente, um despojamento que muitas vezes é difícil de alcançar no dia a dia.
É como se uma centelha ligasse o motor e a máquina engrenasse num estado de Holos com a vida.
Criar em dias em que não se atinge esse apogeu não é impossível. Mas exige mais método, mais disciplina, e quase sempre, não é tão divertido. Falta o estado de brincadeira.
E aí me lembro também desses dias em tudo parece bom. Não maravilhoso. Apenas bom. E nem se tem muita vontade falar a respeito deles. O tempo lá fora parece bonito, a temperatura é gostosa. Nem muito quente, nem muito frio. Assim como a gente. Medianamente vivendo. Rendimento, não muito excepcional, mas bom. O tempo parece se encaixar e não temos a sensação de vê-lo escorregar entre nossos dedos e ponteiros de um relógio que teima em correr.
E na verdade a felicidade cotidiana não precisa ser feita de momentos apoteóticos. Ela pode ser serena e amável. E até pode ser feita de momentos de sozinhez.
Sozinhez é diferente de solidão apenas por uma questão de semântica.
Solidão parece coisa ruim, coisa de gente que não tem companhia por falta de opção.
Sozinhez é mais delicado. É escolha ou aceitação de que existem momentos em que somos nós a nossa melhor companhia.
E quando estamos acompanhados de nós mesmos, estamos a um passo do encontro com a Criação.
PS : A imagem é uma criação minha no Polyvore , minha nova mania na internet ao lado do Twitter
Criar exige uma sincronia corpo-mente, um despojamento que muitas vezes é difícil de alcançar no dia a dia.
É como se uma centelha ligasse o motor e a máquina engrenasse num estado de Holos com a vida.
Criar em dias em que não se atinge esse apogeu não é impossível. Mas exige mais método, mais disciplina, e quase sempre, não é tão divertido. Falta o estado de brincadeira.
E aí me lembro também desses dias em tudo parece bom. Não maravilhoso. Apenas bom. E nem se tem muita vontade falar a respeito deles. O tempo lá fora parece bonito, a temperatura é gostosa. Nem muito quente, nem muito frio. Assim como a gente. Medianamente vivendo. Rendimento, não muito excepcional, mas bom. O tempo parece se encaixar e não temos a sensação de vê-lo escorregar entre nossos dedos e ponteiros de um relógio que teima em correr.
E na verdade a felicidade cotidiana não precisa ser feita de momentos apoteóticos. Ela pode ser serena e amável. E até pode ser feita de momentos de sozinhez.
Sozinhez é diferente de solidão apenas por uma questão de semântica.
Solidão parece coisa ruim, coisa de gente que não tem companhia por falta de opção.
Sozinhez é mais delicado. É escolha ou aceitação de que existem momentos em que somos nós a nossa melhor companhia.
E quando estamos acompanhados de nós mesmos, estamos a um passo do encontro com a Criação.
PS : A imagem é uma criação minha no Polyvore , minha nova mania na internet ao lado do Twitter
Incrível como concordo com cada palavra. Na verdade, é mais do que isso... É quase como se eu estivesse escrevendo esse texto...
ResponderExcluirDeve ser a genética de novo... hehe
Sozinhez é aquele momento que só você entende o seu prazer, a sua felicidade.
ResponderExcluirAdorei isso.
Uma Ótima Semana!
Beijos
Sensacional o texto. me ajudou muito na inspiração para um que estou escrevendo para a faculdade. Quando terminar, lhe envio, se quiseres!
ResponderExcluirum abraço!
Obrigada GuiKamp !
ResponderExcluirQuero sim, fiquei bastante curiosa sobre o teu texto, me envie quando estiver pronto. E pela foto, já vi que torcemos pelo mesmo time.
Abraço
Elenara