Contadoras de histórias, nossas, de outras mulheres, de nossas mães e filhas, somos repositórios de vidas e esperanças. Abnegadas, cordatas, eficientes, inteligentes, somos a resposta de muitas indagações, a salvação de muitos problemas, a que resolve, a que socorre. Mesmo a custa de nossa força interna, de nossa seiva vital. Nosso grito interno que uiva, que grita e nos chama de volta ao lar ancestral que nos liga à lua, que nos faz sangrar em suor, sangue e lágrimas, força úmida que borbulha em nossas veias. Somos fé e colo, somos agasalho e abraço. Somos aconchego de carências alheias e respiramos fundo a nossa própria. Somos mulheres que gritam, mesmo que sem voz, que suspiram sonhos que jamais compartilharão, que são animal e instinto. Somos gente.
E para que nunca fiquemos muito longe de nosso bando, convém não esquecer das normas gerais para a vida dos lobos.
COMA
DESCANSE
PERAMBULE NOS INTERVALOS
SEJA LEAL
AME OS FILHOS
QUEIXE-SE AO LUAR
APURE OS OUVIDOS
CUIDE DOS OSSOS
FAÇA AMOR
UIVE SEMPRE
: (Mulheres Que Correm Com Os Lobos - Clarice Pinkola Estés)
Uive sempre
ResponderExcluirÉ isso mesmo.
Colocar a boca no trombone.
É, estamos sempre entre o instinto e a razão! Ainda bem que muitas vezes o instinto fala mais alto!
ResponderExcluirbjs Boas Festas!