Como usar o chat gpt para auxiliar a produção de conhecimento(e não apenas para copiar e colar)

imagem gerada no copilot
A inteligência artificial e seus múltiplos aplicativos veio para ficar. Não adianta lutar contra o progresso. Mas como fazer com que ela auxilie a aquisição de conhecimento e não seja apenas uma ferramenta de gerar conteúdo para o ser humano? Afinal, que graça tem um livro ou um artigo totalmente gerado por uma IA?

Usei um prompt simples: "Use a técnica de Feynman para criar um plano de estudos para aprender sobre espaços de gerontoarquitetura de modos que possa usar a regra de Pareto neste esforço"

Explicando primeiro o que são estas técnicas que, a de Pareto eu já tinha ouvido falar, mas na verdade nunca estudei a fundo, e a de Feynman vi em uma postagem de rede social como sendo uma técnica criada por Nobel (embora pelo que entendi tenha sido criada por um vencedor do Nobel):


Técnica de Feynman

É uma forma de aprender algo de verdade. Você pega o que quer estudar e tenta explicar como se fosse para uma criança. Se não conseguir, é porque tem partes que você ainda não entendeu bem. Aí você volta, estuda de novo e ajusta sua explicação até ficar clara e simples. Quando conseguimos ensinar algo de forma simples, significa que realmente entendemos.

Regra de Pareto (80/20)

É a ideia de que 80% dos resultados vêm de 20% dos esforços. Em outras palavras, nem tudo o que você faz tem o mesmo impacto. Focar nas partes mais importantes dá mais resultado. Ajuda a economizar tempo e energia, priorizando o que realmente faz diferença.

Resposta do Chat GPT ao prompt 

Aqui está um plano de estudos baseado na Técnica de Feynman e na Regra de Pareto (80/20) para que você aprenda sobre gerontoarquitetura de maneira eficiente e prática. A ideia é priorizar os conceitos e práticas que geram maior impacto.

Passo 1: Escolha o tópico principal

Gerontoarquitetura: O design de espaços voltados para atender às necessidades físicas, emocionais e sociais de idosos, promovendo acessibilidade, conforto e segurança.

Passo 2: Explique como se fosse para uma criança

Descreva o tema em termos simples para garantir que você entenda os fundamentos. Exemplo de explicação simples:“Gerontoarquitetura é pensar em casas e lugares que ajudam as pessoas idosas a viverem confortavelmente e com segurança. Isso significa ter coisas como rampas no lugar de escadas, banheiros com barras para segurar, e muita luz para enxergar bem.”

Tarefa: Redija sua própria explicação simples e reveja frequentemente para manter a clareza.

Passo 3: Identifique os 20% que geram 80% do impacto

Liste os conceitos e práticas mais importantes que oferecem a base sólida para começar a atuar na área.

1. Fundamentos Essenciais (20% mais impactantes):
  • Acessibilidade Universal: Normas e elementos essenciais (ex.: largura de portas, rampas).
  • Ergonomia para idosos: Altura de móveis, alcance confortável, superfícies antiderrapantes.
  • Iluminação e contraste: Evitar quedas e melhorar a visibilidade.
  • Espaços de convivência: Ambientes que incentivem interações sociais.
  • Materiais seguros e confortáveis: Antiderrapantes, macios e de fácil limpeza.

2. Práticas Avançadas (80% que complementam):
  • Tecnologia assistiva: Automação e dispositivos para monitoramento de saúde.
  • Design biofílico: Elementos naturais para promover bem-estar.
  • Personalização: Adaptação de espaços à história de vida e preferências.

Tarefa: Priorize o aprendizado sobre os fundamentos essenciais antes de explorar os tópicos avançados.

Passo 4: Teste seu entendimento

Pratique criando explicações para cada tópico como se estivesse ensinando outra pessoa. Exemplo de aplicação prática: Imagine projetar um banheiro para idosos. Escreva o que faria e por quê. Depois, revise para encontrar lacunas no seu conhecimento. Dica: Crie um caderno com perguntas-chave para revisar (ex.: “Quais são as alturas ideais para barras de apoio?”).

Passo 5: Busque materiais e experiências práticas

Combine teoria e prática para consolidar seu aprendizado.

Materiais Recomendados:

Livros e Artigos:
"Universal Design Handbook" (trata de acessibilidade).
Normas da ABNT, como a NBR 9050 (Acessibilidade).

Cursos:
Cursos sobre acessibilidade em arquitetura.
Oficinas práticas sobre ergonomia para idosos.

Estudo de Casos:
Analise projetos de gerontoarquitetura.
Visite espaços existentes, como residências de idosos ou centros comunitários.

Experiências Práticas:
Simulação: Use ferramentas como óculos que simulam baixa visão para entender desafios.

Consultas: Converse com idosos para compreender necessidades reais.

Passo 6: Refaça a explicação inicial

Depois de cada etapa de aprendizado, reformule a explicação inicial para verificar se incorporou os novos conhecimentos. Compare com a explicação anterior. Exemplo de revisão contínua: Após estudar iluminação, adicione detalhes como “Luzes devem ser ajustáveis e evitar sombras para ajudar idosos a se movimentarem com mais segurança”.

Passo 7: Aplique no mundo real

Projete algo pequeno, como a adaptação de um cômodo, usando os 20% principais. Avalie os resultados e ajuste.

Dica de Organização:
Estudo diário: 1 hora por dia.
Divisão: 40 minutos nos fundamentos (20%) e 20 minutos em práticas avançadas.
Meta semanal: Criar um protótipo ou explicação consolidada.

Poderia gerar este esquema sozinha? sim, poderia, mas levaria tempo e tempo é precioso. As ferramentas de inteligência artificial podem ajudar a agilizar este tempo em segundos. E a procurar fontes e mais dados de pesquisa. Por exemplo, após achar arquivos relevantes de pesquisa, posso subir os pdfs ou  links para o notebook LM e pedir um resumo de cada um, ou explorar capítulos com mais eficácia, separando os assuntos interessantes para que possa aprofundar mais. 

Um cuidado redobrado é quando se domina pouco o assunto para realmente checar se os dados gerados são pertinentes. Já vi muitas respostas de arrepiar e que poderiam ganhar o prêmio chutometro do ano. 

Enfim, são ferramentas que servem para auxiliar e podem render economia de recursos. Mas não substituem o aprendizado humano. A gente ainda não aprende por osmose. Não basta gerar conteúdo, colar e ficar por isso mesmo. É preciso conhecimento para realmente consolidar conhecimento. #Ficadica 

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