Compartilhar é o novo possuir - habitação comunitária multi geração
Uma comunidade que foi projetada em estreita colaboração com seus fundadores, onde pessoas de todas as idades convivem e fazem atividades conjuntas. E onde se entende que compartilhar é o novo possuir. Bacana, né.
Muitas pessoas nutrem o sonho de viverem juntas, sejam com amigos, sejam em comunidades com os mesmos interesses. Mas como funciona, na prática, um grupo multi-geração que existe há 35 anos? O grupo Centraal Wonen de Heerd foi criado na década de 80 com total participação dos moradores no projeto e concepção e sobrevive até hoje na cidade holandesa de Groningen, aquela é considerada a capital mundial do ciclismo. Vamos conhecer mais sobre ele?
Essas habitações para moradas em grupo são mais populares na Alemanha e na Dinamarca e já falei de uma experiência semelhante na postagem sobre morar em cooperativa. Na Holanda, talvez em razão da recente crise econômica, tem aumentado o interesse por parte de muitas pessoas de todas as idades. Uma das razões seria o fato de estar diminuindo o auxílio por parte do governo aos idosos. Já mostrei aqui também uma proposta holandesa para um centro de adultos mais idosos com problemas de senilidade.Mas e os adultos mais idosos que estão com boa capacidade de viverem sós, como fazer? Estes também são potenciais interessados em que existam mais comunidades como esta.
Muitas pessoas nutrem o sonho de viverem juntas, sejam com amigos, sejam em comunidades com os mesmos interesses. Mas como funciona, na prática, um grupo multi-geração que existe há 35 anos? O grupo Centraal Wonen de Heerd foi criado na década de 80 com total participação dos moradores no projeto e concepção e sobrevive até hoje na cidade holandesa de Groningen, aquela é considerada a capital mundial do ciclismo. Vamos conhecer mais sobre ele?
Essas habitações para moradas em grupo são mais populares na Alemanha e na Dinamarca e já falei de uma experiência semelhante na postagem sobre morar em cooperativa. Na Holanda, talvez em razão da recente crise econômica, tem aumentado o interesse por parte de muitas pessoas de todas as idades. Uma das razões seria o fato de estar diminuindo o auxílio por parte do governo aos idosos. Já mostrei aqui também uma proposta holandesa para um centro de adultos mais idosos com problemas de senilidade.Mas e os adultos mais idosos que estão com boa capacidade de viverem sós, como fazer? Estes também são potenciais interessados em que existam mais comunidades como esta.
Habitação comunitária multi geração em Groningen |
Nesse caso em particular, me chama a atenção o tempo que persiste: 35 anos. E como seus moradores a fazem funcionar. A proposta inicial nasceu de uma visão diferenciada de mundo. Vários moradores foram se mudando, mas a comunidade e sua proposta permanecem. E a ideia de que podemos conviver, compartilhar posses, experiências e vivências com outras pessoas de maneira civilizada e permanente, seja lá o que isso significar em termos de tempo, para as pessoas que moram lá.
"Aqui há um pouco de democracia, anarquismo, meritocracia e sociocracia. Em algumas questões, quem se habilita vai lá e faz ou desfaz. Em outras votamos mas se alguém for contra, protesta e todos buscam ouvir. Há uma pergunta que a gente procura praticar. Mesmo você sendo contra, poderia viver com isto? No fundo é bastante indefinido. Eu acho bacana pois ninguém é obrigado a nada (exceto o pagamento de algumas contribuições)." (Wagner Gonzalez, morador do grupo)
Obra de arte no jardim que reproduz a forma arquitetônica do conjunto |
Muito simbólico que as crianças usem essa obra para suas brincadeiras |
Apesar de não serem proprietários legais das residências, para viver nessa comunidade há que se conseguir a aprovação do grupo que viverá diretamente a seu lado. Segundo um dos moradores, quando alguém é escolhido, há comunicação para todos os moradores que podem vetar por qualquer motivo.
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Atividades culturais no espaço de convivência com os moradores |
As pessoas vão e vem, moradores se revezam. Hoje o grupo conta com 46 residências que abrigam 82 pessoas, entre elas uma família com um bebê que é o mais novo morador e uma senhora que é a mais velha. Eles fazem refeições conjuntas algumas vezes e se uma pessoa cozinha para todos, recebe por isso. Fazem festas conjuntas, fazem saraus culturais com música, literatura, exposição de fotos.
Sabe aquela história que já foi cantada em versos:
A gente não quer só comida
A gente quer comida, diversão e arte (Titãs)
Viver em grupo |
Quantas vezes deixamos de nos fazer essa pergunta nas nossas convivências diárias: Mesmo sendo contra, poderia viver com isto?
Postagem que surgiu de uma conversa com Arq. Wagner Gonzales
Fotos : Dhyan Wisselo
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