De verdade, tudo o que eu queria te dizer
A leitura é parte integrante de minha vida desde que me conheço como gente. Eu era daquelas crianças que sabiam a história de cor, e queriam que a contassem de novo. Se fosse descrever um possível paraíso, ele se pareceria com a Biblioteca de Babel de Borges, com toda a certeza. Se eu fosse para uma praia da deserta levaria um livro e provavelmente deixaria um suspense no ar sobre qual seria como em a Máquina do Tempo de H.G. Wells.
Mas tenho deixado um pouco de lado o prazer de ler por ler. Os acontecimentos pessoais dos últimos anos, a navegação cotidiana pela internet, os livros digitais e mesmo a leitura técnica em demasia acabaram por me tolher aquela naturalidade de viajar pelas páginas de um bom livro. E foi nesse estado que eu e o livro de Sàdor Màrai nos encontramos.
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(Marái, Sandor. De verdade. Rio de Janeiro: Cia das Letras, 2008. P. 207-208)
Um bom livro tem essa magia da aventura, ele te pega como uma armadilha, ele te envolve nas tramas e um mundo inteiro se forma dentro da gente. De verdade fala das versões de cada um, nossas visões pessoais das coisas que acabam formando nossa história e que nem sempre coincidem com a visão do outro, que é tantas vezes o protagonista de nosso romance pessoal. De verdade trata das verdades. Ao mesmo tempo profundo e raso. Me lembrou a acidez leve de Milan Kundera. Das liquidezas dos amores tantos que se perdem ou se fazem de inúmeras interpretações, nem sempre verdadeiras, mas sempre de cada um. Ao mesmo tempo que fala de quatro pontos de vista diferentes, fala da transformação da sociedade de sua época, nas relações entre classes sociais e culturais diferentes e dos choques existentes entre elas. Querem saber mais sobre o livro? Vejam AQUI. Eu gostei muito. Particularmente pela fluidez da escrita, pela construção das frases, pela harmonia que conta histórias comuns de uma forma envolvente. É como se a vidinha de cada protagonista virasse um épico, uma sinfonia, uma opereta, um drama.
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E assim que 2014 me brinde com mais e mais descobertas, que eu possa ter tempo e gosto de desfruta-las. E que a minha biblioteca de babel se enriqueça mais e mais!
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E para não fugir ao tema do blog, eu realmente me apaixonei por essa poltrona hiper colorida que aparece abaixo. Quem me conhece sabe que sou mais discreta, mas também sou encantada com a obra de Gustav Klimt, especialmente o Beijo.
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E vocês? O que estão lendo? Tem alguma descoberta a ser compartilhada? Adoraria saber.
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