Quando eu ando assim meio down
Vou pra Porto e bah! Tri legal!
Quantas vezes ouvimos essa música e sentimos assim, quando estamos meio pra baixo, precisando recuperar forças, dá uma vontade de voltar pra casa. Seja lá onde for. Nossa aldeia é nosso mundo. Por mais cosmopolitas que sejamos, por mais andarilhos ou sem raízes, sempre tem um lugar, uma pessoa, uma idéia, uma tribo que é nossa casa. Muitas vezes ela está bem dentro de nós.
Eu tenho essa relação com Porto Alegre. Aqui me sinto em casa. Aqui me sinto. Quando gosto de algum lugar algures, as vezes faço essa relação, nos que me sinto situada sempre me lembram alguma coisa de Porto Alegre. Uma rua, uma casa, um trecho. Mais ou menos como os rostos que lembram pessoas queridas quando elas não estão com a gente.
Gosto de passar nas ruas e escutar trechos de conversas. Um rapaz que anda apressado, celular nas mãos, tentando mostrar para a amada o quanto gosta dela. Um grupo de moradores de rua discutindo a situação política francesa.
Gosto de observar detalhes da cidade. Um catador de papel com gorro de Papai Noel revirando o lixo nos containeres. Um rapaz engravatado andando numa bike de aluguel no parque mais famoso da cidade. Um motorista de táxi que está fazendo pós e bolando um App para sua profissão. As crianças na Feira do Livro olhando livros em balaios. Os preparativos para que a Orquestra Sinfônica da cidade se apresente em frente ao Palácio do Governo, ao lado da Catedral Metropolitana e não por acaso, local onde morei muitos anos. Não no Palácio, no edifício do outro lado da Catedral.
Minha aldeia é feita de pessoas e seus momentos. E a tua?
Fotos : Elenara Stein Leitao
Sim, é a pura verdade. Referência e Reverência.
ResponderExcluirEu sou assim com São Paulo.
E sei que quero conhecer cada vez mais (periferia, história antiga, comércio, indústria...)
Excelente Semana!
bjks